Os relatórios e contas das empresas publicados anualmente são uma forma de comunicação entre as empresas e os seus stakeholders.
Com o “Impression Management” os relatórios passaram a ter, para além de números, divulgações textuais, gráficos e imagens que impelem a atenção e a desviam dos números.
O presente trabalho foi elaborado pela Dra. Mara Alves em 2015
Segundo o Financial Accounting Standards Board, “ uma forma de satisfazer as necessidades de informação dos utilizadores passa por divulgações voluntárias de informação sobre o negócio, tais como dados financeiros e não financeiros, análise dos dados do negócio pela gestão, informação prospetiva, informação sobre a gestão e acionistas, background da empresa e informação sobre ativos intangíveis não reconhecidos. Esta divulgação é voluntária e enriquece os relatórios sobre oportunidades, riscos e incertezas” (Azevedo, Paula, 2011).
Na atualidade os relatórios apresentam-se com autênticas narrativas, que desempenham um papel importante na apresentação do desempenho da gestão e da própria organização. As narrativas, pelo facto de não serem auditadas, podem ser manipuladas pela gestão com o objetivo de ganhar, manter ou reparar a legitimidade da organização.
O presente trabalho aborda esta problemática de forma clara e direta:
Estratégias de “Impression Management”
Este sentido oportunista por parte dos gestores em manipular as perceções dos utilizadores da informação designa-se de Impression Management (IM) (pode também designar-se self-presentation).
O IM ou gestão de impressões teve a sua origem nas áreas da filosofia e da psicologia. Ao longo do tempo tem vindo a ser aplicado no âmbito organizacional para avaliar diversas perceções e comportamentos. As empresas podem utilizar como veículo de IM a declaração do presidente da administração, os press-releases, fotografias/imagens dos líderes, entre outros.
São várias as teorias que explicam os incentivos para que os gestores adotem estratégias de IM. Na primeira parte do meu trabalho irei apresentar essas teorias explicativas, designadamente: a teoria da agência, a teoria da sinalização, a teoria da legitimidade, a teoria dos stakeholders e por último a teoria institucional.
A segunda parte do trabalho apresentará as estratégias de IM segundo Merkl-Davies and Brennan (2007), estratégias essas que se baseiam nas teorias referidas no parágrafo anterior.
Para terminar, selecionei dois estudos relacionados com o tema em causa, que resultaram de duas dissertações de mestrado.
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O presente trabalho foi elaborado pela Dra. Mara Alves em 2015
- A fraude fiscal e contabilística, em Portugal e na Europa
- O combate à fraude contabilística e fiscal em Portugal
- Para saber mais sobre manipulação de resultados contabilísticos
- Para saber mais sobre contabilidade criativa
- Para saber mais sobre “Impression Management”
- Para saber mais sobre contabilidade forense
- Contabilidade criativa: escrever torto por linhas direitas
- Contabilidade forense, apurar o DOLO depois da insolvência
Trabalho catalogado por JPMO
João PM de Oliveira
Estratégias na R€-estruturação de Passivos
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