Planos: Revitalização-PER versus Recuperação

 

 

Gemios

Existem vários planos para recuperar uma empresa

Mas qual é a diferença entre um plano de revitalização, PER,
e um plano de recuperação?

Para uma empresa devedora podem ser todos parecidíssimos…
Mas para os credores são completamente diferentes!

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Exemplificando,,

Vamos supor que uma empresa começa por apresentar um plano de revitalização no âmbito de um processo de revitalização (PER), no qual a empresa ainda está apenas em “situação económica difícil”, e ainda NÃO foi declarada insolvente.

Mais tarde, se o PER não for aprovado, a empresa entra em processo de insolvência e volta a apresentar o mesmo plano, (melhorado) agora com a designação de plano de recuperação, de modo a tentar recuperar, evitando a dramática declaração de insolvência com a liquidação (venda) dos seus ativos.

 

Um PER suspende uma insolvência?

 Em PER

O mesmo plano, o mesmo texto, com os mesmos valores, tem impactos completamente diferentes nos seus credores, especialmente os bancários, que costumam ser o grosso da coluna. De facto, no âmbito do PER, os credores bancários ainda não foram obrigados pelo Banco de Portugal (BdP) a provisionar a totalidade dos seus créditos nesta empresa. Ou seja, não foram obrigados a considerar como perdas, perdas que carregariam os prejuízos, reduzindo os lucros do banco neste ano. Nos anos seguintes… logo se verá… mais tarde. Se o PER for aprovado, não terão de provisionar (considerar como perdido) todo o capital que emprestaram à empresa, e todos os recebimentos serão acumulados nas contas dos lucros a apresentar pelo banco.

 

O que é um PER?

Em Plano de Recuperação

De forma diametralmente oposta, se o PER não for aprovado e a empresa for declarada insolvente, apresente ela plano de recuperação ou seja liquidada (vendida aos pedaços), o banco credor é obrigado pelo BdP a imediatamente provisionar todo o crédito, contabilizando tudo como perdido neste ano, imediatamente! Depois, ao longo dos anos seguintes, se for aprovado e cumprido um qualquer plano de recuperação, tudo o que o banco receber será no futuro considerado como “lucro” desse ano futuro.

 

Como funciona um plano de recuperação numa insolvência plena?

 

Percebe-se agora que o mesmo plano (texto e números) tem impactos diferentes do outro lado da mesa de negociações, dos bancos credores.  

 

 

A Recordar : 

  1. Num “PER”, o banco credor está a tentar evitar que o seu “barco” (crédito) vá ao “fundo” (se perca).
         
  2. Num Plano de Recuperação, o banco credor está a tentar recuperar os “salvados” do seu “barco” (crédito) que JÁ foi ao “fundo”, já está perdido.

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Concluindo :

O mesmo Plano, discutido em PER ou em Processo de Recuperação é visto pelos bancos de forma diferente.

  • Em PER o Banco ainda não perdeu tudo
  • Em Plano o Banco já provisionou e espera vir a recuperar,

Mas o devedor também se encontra em situações diferentes.

  • Em PER o devedor ainda está longe da Insolvência,
  • Em Plano de Recuperação o devedor está à beira do Abismo.

 


 

João PM de Oliveira

Estratégias
na R€-estruturação de Passivos

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